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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Polêmicos

Epa, quê que eu ouvi? Os emos e seus cabelinhos são ridículos? Quê? Você acha que o Maluf é ladrão? E o Sarney? Pra você, auto-ajuda não é literatura de verdade?

Mas isso é o que chamamos de não ter medo da polêmica, hein?

Acho que nunca ouvi nada parecido antes. Só você consegue ser tão radical. Dá pra ver que você é um cara ou uma doida que fala o que pensa doa a quem doer, sem medir palavras, sem receio de ofender a opinião corrente, que dá de ombros para as amarras do pensamento politicamente correto, alguém disposto a encarar todos riscos em nome das suas mais íntimas verdades – inclusive riscos físicos, porque não é qualquer um que compra briga com os emos, esses gângsters conhecidos por seus músculos intimidantes e pelo abuso de violência.

Agora, perigo de verdade é falar mal do Maluf ou do Sarney. Eu sei que a sua voz não pode ser calada, que você não se tornou politizado desse jeito pra ficar com a boca fechada, mas é melhor olhar para os lados antes de ultrajar o nome de Paulo Salim "você sabe o resto". Quantas vezes você ouviu alguém dizer "Não me conformo que ainda tenha gente que vota no Maluf! Depois de tudo o que ele roubou! Depois das contas na Suíça!"? Nenhuma, aposto – mas nunca perderei a esperança de que um dia, um dia, irá nascer um herói com coragem para não apenas quebrar o pacto de silêncio que tanto beneficia Maluf, mas também para lavar a nossa alma e finalmente dizer algumas verdades sobre Collor, Jader Barbalho e (aí já seria demais) George W. Bush.

E os livros de auto-ajuda? Sério que não são literatura? Mas, poxa, respeitar a opinião alheia é um valor que te leva à plenitude, é o segredo da vida, são os seus sonhos construídos tijolo a tijolo a cada dia de sua vida (...) Mais outros clichês que eu não lembro, detesto-os.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Presos numa Tarde de Chuva

Não acreditava muito no que estava realmente acontecendo.
Tanto tempo que isto não acontecia.

Era uma sensação pavorosa e, ao mesmo tempo, tão cômica. Na verdade beirava o ridículo, apesar de ser um ridículo que há muito eu procurava. Não tinha mais palavras para conduzir aquela situação, a retórica tinha acabado, a eloqüência me abandonado e o jogo de persuasão desprovido de sentido. Então porquê daquela situação? O porquê das mãos na perna e depois mexendo nos cabelos? Dava para sentir a força desmedida da pulsação no pescoço, melhor ainda, eu sentia a pulsação do coração no corpo inteiro.
Tudo tão pré-púbere.
O olhar não se focava mais, o sorriso amarelo que se mostrava no canto da boca, fruto do constrangimento, era trêmulo.
Eu estava boba como uma adolescente.
Nem mais das circunstâncias eu conseguia me aproveitar, manipulando-as. Pensei que depois de um bate-papo despretensiosamente sugestivo, o imã dos dois lados reagiriam por si só. Até cogitei a possibilidade de ser uma falta de ‘ok’ da parte de lá, porém mais ‘ok’ do que aquela imagem na minha frente, mutuamente imóvel e que estava à espera de uma ação para deflagrar a sua reação, era aguardar que 2 + 2 seria 4.

A situação não dependia mais de um ‘clima’, transcendia a isso.
Inicialmente era um cortejar simples, discreto e não menos intencional. Era uma troca de divagações confidenciadas, na busca de uma pseudo-intimidade. Depois de tanta elucidação de nós mesmos para o outro, de um jogo de espera, de possibilidades, oportunidades e, principalmente de conveniência.

Agora é um enfrentamento direto, olho no olho e com direito a atos falhos, sem distrações ou desculpas e desarmados do recurso do encontro casual.
Presentemente estou aqui, em frente o portão da minha morada e, entendendo por que este (portão) é tão citado, mesmo como coadjuvante, por poetas Seresteiros. É testemunha muda de um universo cansativamente singular, de um fazer e não fazer.

Neste momento faço uma série de simulações de porcentagens e possibilidades de resultados satisfatórios na minha imaginação, caso eu tivesse me precipitado em favor de um ultimato.
Inclusive até pensei em fazer um pedido e, pedir justamente aquilo que eu mais queria na vida, naquele momento. Fazer do Ursinho Pooh uma referência e, da mesma forma que ele insistentemente pedia para Abel por mais um pote de mel, eu pediria a ele o que de mais doce poderia ter, seus lábios.
O que também não aconteceu.
Entretanto, não existia mais a necessidade de adiar as coisas, na verdade nunca houve esta necessidade, sobretudo de contar com o amanhã como aliado para um fazer acontecer. Deixando-me tomar pela impetuosidade e abstendo-me das balelas que o medo produz na mente para o não agir, fui de encontro ao ‘pote de mel’ e confesso que não tive coragem o bastante e espero poder esperar mais um pouco.

O melhor de tudo esteve perto de acontecer, quando eu interrompi o que tanto demorou a realizar-se, para enfatizar o que não era segredo, e um “eu sempre estrago as coisas” foi o que eu disse.
Palavras repletas de um misto de ingenuidade, honestidade e sinceridade que temia ter perdido.
Apesar de toda esta intensidade e caos comportamental de minha parte, ao que tudo indica, foram apenas obstáculos unilateralmente criados e tampouco suficientes para fazer desta situação, algo mais do que uma simples experiência de vida.

Aí eu me afogo num copo de cerveja

Música engraçadinha essa, né!? Do tipo "marrom-bombom" e essas músicas piegas chiclete que não saem mais das nossas mentes. Mas por que eu a pus como título de mais um post louco desse meu blog atualizado na mesma proporção que o cometa Halley é visto!?
Boa pergunta, caro leitor.
É bom saber que pessoas inteligentes e questionadoras frequentam este espaço virtual.
A resposta é: por nada não.
As vezes pensamos em mudar, em deixar de ser o que somos, mas como diz Caio Fernando Abreu, "o grande problema de querer aparentar o que não somos é por que na verdade, somos".
Já quis fazer o estereótipo (quem não!?) da boa moça que se arruma todos os dias belíssima, da garota que sabe tudo de maquiagem, que ri de tudo, que vai a missa religiosamente todos os domingos, que não bebe nada que contenha alcool a menos que seja vinho ou ice (coisa patética). Já quis ser assim, seria bem mais fácil. Mas, não posso ser ou fazer-me ser quem não sou.
Muita gente diz que eu me preocupo muito com o que as pessoas pensam, e isso é verdade, infelizmente. Tenho um senso de culpabilidade muito grande.
Caiu uma bomba na Itália? Culpa minha.
Possivelmente algum estudante de psicologia vá lerá isso e vai pensar que tenho mania de grandeza ou complexo de Narciso, pelo contrário, pequeno Freud.
20 anos, muitas dúvidas, nada mais natural que isso, não!?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Luna

“Espiero poder verte em una noche de verano en Cozumel!”. Eso dice así que colgué el teléfono em mi último dia en la Republica Dominicana. Imaginate estar harto de playas azules a mis 21 años!? Eso pasa cuando estas solo en un espacio perfecto. De que vale eso si quieres estar con una sola persona? Nada.
Llamé Consuela en el mismo momento. Tuvo que decir mil veces que era yo, “Sí, es Pablo, que conocestes em Cuzco, te acuerdas?”. Me puse muy contento cuando escuché um “claro!” bién fuerte. Le pregunté donde estaba y ella dijo que estaba em Cozumel conociendo tortugas. “Que linda que es”, piense.
-Venga a Cozumel, hombre! Tiene morada em mi casa siempre!
Que alegria. Todavia no tenia mucho dinero pero que es eso para um hombre enamorado? “Mucho”, me contesta vos. Sin embargo me fuí sin piensar dos ratos.
Era una playa bién linda, medio distante del centro playero de la ciudad pero por la simplicidad de la belleza estaba muy mejor que um monton de bares llenos de novios recién-casados. Tenía allá mi chica, la mujer del sueños de todo hombre: Consuela. Consuela. Consuela.
Me esperaba frente a la casa trajando un vestido azul com las puntas verdes. El pelo castaño calía por el cuerpo mientras ella venía en mi encuentro. “Hola”, dice ella, “Pensaba que fuera broma tuya y que no ibas a venir!”
-No hago chistes con cosas importantes, chica! No perderia la chance de conocer eso así por nada!
La miré y le di um beso.

(...) sigue después

Unattainable

-Deixa que eu enxugo as suas lágrimas!

“Não”, disse em vão enquanto ele tocava nos meus olhos com a parte posterior da mão. “Me deixa”, pedi, mas ele não aceitou.

-Não vou te deixar aqui assim, menina!

Olhei pra ele durante alguns segundo como quem pergunta o por que do dito antes.

-Triste, chorando, frágil! Eu me preocupo contigo!

Sem pensar, eu disse:

-Mas não era nem você que eu queria aqui cuidando de mim!

Ele se levantou e foi embora. Não fiz esforço nenhum para alcançá-lo. Não poderia, ainda que quisesse. Uma dor dilacerante dominava o meu peito e eu estava suficientemente preocupada com os meus próprios problemas para pensar no garoto que até então, era meu melhor amigo. E veja o que eu fiz. Mas, tudo bem, não me arrependo. Sou egoísta. Ele já me fez rir bastante, mas é só isso. Sei que ele se apaixonou por mim, mas eu sou fria e só caliento meu coração para aqueles que não me querem da forma que eu nem mereço. Talvez por isso ele tenha se apaixonado por mim, esses eternos complacentes! Bobos, vão sofrer muito ainda!

(...)

“Não vou chorar! Não vou chorar!”. Eu tento ajudar e ela me retribui com desdém. Ela sempre fez isso com as pessoas, ela mesma me contava dos otários que passaram pela sua vida, pois bem, agora o otário da vez sou eu! Mas não me arrependo, eu tenho sentimentos, ela que vai se arrepender, quando no fim da vida ainda estiver sozinha e farta de jogar com o coração alheio. Não lhe desejo o mal, mas não vou ser surrealista por que sei que isso vai, incondicionalmente, acontecer. Uma pena pra ela, poderia ser uma menina mais legal. Eu vou seguir a minha vida, um dia, incondicionalmente, encontro
a estrada certa!