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terça-feira, 2 de junho de 2009

Unattainable

-Deixa que eu enxugo as suas lágrimas!

“Não”, disse em vão enquanto ele tocava nos meus olhos com a parte posterior da mão. “Me deixa”, pedi, mas ele não aceitou.

-Não vou te deixar aqui assim, menina!

Olhei pra ele durante alguns segundo como quem pergunta o por que do dito antes.

-Triste, chorando, frágil! Eu me preocupo contigo!

Sem pensar, eu disse:

-Mas não era nem você que eu queria aqui cuidando de mim!

Ele se levantou e foi embora. Não fiz esforço nenhum para alcançá-lo. Não poderia, ainda que quisesse. Uma dor dilacerante dominava o meu peito e eu estava suficientemente preocupada com os meus próprios problemas para pensar no garoto que até então, era meu melhor amigo. E veja o que eu fiz. Mas, tudo bem, não me arrependo. Sou egoísta. Ele já me fez rir bastante, mas é só isso. Sei que ele se apaixonou por mim, mas eu sou fria e só caliento meu coração para aqueles que não me querem da forma que eu nem mereço. Talvez por isso ele tenha se apaixonado por mim, esses eternos complacentes! Bobos, vão sofrer muito ainda!

(...)

“Não vou chorar! Não vou chorar!”. Eu tento ajudar e ela me retribui com desdém. Ela sempre fez isso com as pessoas, ela mesma me contava dos otários que passaram pela sua vida, pois bem, agora o otário da vez sou eu! Mas não me arrependo, eu tenho sentimentos, ela que vai se arrepender, quando no fim da vida ainda estiver sozinha e farta de jogar com o coração alheio. Não lhe desejo o mal, mas não vou ser surrealista por que sei que isso vai, incondicionalmente, acontecer. Uma pena pra ela, poderia ser uma menina mais legal. Eu vou seguir a minha vida, um dia, incondicionalmente, encontro
a estrada certa!

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