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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O Negócio do Direito

O NEGÓCIO DO DIREITO*

Desde que tinha 12 anos e estava na 7ª série eu quis fazer Direito. Sonhava em cursar na federal, não passei, mas hoje em dia não me imagino em outra faculdade que não seja a Unama. Na verdade o que eu sempre quis mesmo era atender ao social, ajudar as pessoas, então tinha duvidas entre Direito, Jornalismo e Psicologia. O fator financeiro também me levou a optar por Direito.
No primeiro semestre eu adorava todas as metérias: Introdução ao Estudo do Direito, Economia Política, Sociologia..
Mas do 1º semestre pra cá já se passaram quase três anos e a cada semestre que passa eu me desencanto mais com o curso: Direito Civil, Penal, discordo de quase todos! Talvez porque eu seja muito humanista, um pouco socialista, não sei.
A cada semestre eu me engajo em uma matéria, o problema é que no semestre passado acabou a matéria de Direito Constitucional e eu me sinto sem tesão pra estudar as matérias que estudo hoje: Direito Administrativo II, Direito Penal III, Direito Civil dos Contratos em Espécie, Teoria Geral do Processo (é a que mais gosto) e Direito Empresarial.
Já até penseI em largar o curso, mas por outro lado é o que eu já disse pra muitos dos meus amigos, "a faculdade é a oportunidade de você conhecer todas as áreas do curso que escolheu, não significa que no futuro fará tudo aquilo". Mas o tempo está passando tão devagar pelos corredores da Unama...
Nem advogada eu quero ser, meu sonho é: eu quero ser Procuradora da República e escrever livros de Direito Constitucional, além de outros livros de romance, ficção, por aí.
É, meus sonhos são grandes mesmo (rs).
Voltando ao título, eu o pus por que um dos fatores que me desencantaram com o Direito é o fato de que os próprios estudantes não acreditam no que estudam. O Direito é a mescla de regras e principios, mas os estudantes apenas as usam para beneficio proprio.
Qual o problema disso?
Nada contra buscar beneficio próprio, eu busco me beneficiar no que faço, desde que não haja detrimento de outra pessoa.
Hoje em dia, os futuros advogados só pensam em ficarem ricos, sem pensar se as suas atitudes possam libertar um mau elemento, ou fracassar uma familia. Só pensam em honorários.
Quando vou discutir o valor da justiça, as pessoas tendem a rir do que eu digo. Dizem que eu vou morrer de fome pensando em Direitos Humanos.
Falar de Direitos Humanos também já é um exagero por que não me considero assim tão radical a ponto de defender como hoje defendem os Direitos Humanos (por exemplo, sou totalmente contra a súmula vinculante das algemas).
Eu sei que de fome eu não morro, mas de consciência pesada também sei que não vou viver!

*O título é citado por Michael no filme "Romance entre amigos" de Tom Noonan, filme que, aliás, recomendo.

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